Páginas livres!



Hoje ouvindo dentro de mim gritos que me reprime, sentimentos que me deprimem. Não quero ouvir, não quero sentir… Já não consigo fingir, um silêncio reprimido, uma voz oprimida que se comprime na minha alma.

O tempo passa mas nada muda, neste momento escrevendo este texto apelando ao meu sentimento, apelando a uma voz que desconheço mas que está sempre presente, que me faz chorar incontrolavelmente, olho para os lados e não vejo ninguém, so vejo o espelho da minha alma que se encontra obscura. Não sei o que é a felicidade, e tenho medo de ser feliz, sonho e vivo pensando que não nasci para ser feliz, não quero ser dramática nem exagerar, mas há coisas que se sente que não dá para esconder, e este é o meu caso, farta de infortúnios, farta de ilusões.
No meu quarto sentido uma música que é minha, vivendo cada melodia, e de fundo oiço uma voz que não é da minha melodia é de alguém existente nesta “casa” que grita, que insulta, que rebaixa, não aguento esta pressão. E quando olho pela janela vejo lágrimas, vejo sangue escorrendo de um coração apunhalado por uma palavra dura, e injusta.
Não quero ouvir, não quero ouvir, parece que esta dentro de mim, e não me deixa respirar, será que estou a ficar louca, ou será a pura verdade, quando saio do quarto não vejo nada, esta tudo encoberto por um lenço branco como se fosse um sinal de luto.
Tenho medo de ouvir, tenho medo de não conseguir fugir do que me deprime, do que me mata lentamente, não tenho forças, nem quero tê-la, quero continuar no meu refúgio ao lado de uma música minha, so ai encontro magia, choro a rir, não sei o que aconteceu comigo.
Uma voz de fundo disse, “Tu és uma medricas, andas com a cabeça no vento, eu meto a no lugar” Eu gritando bem alto “não quero ouvir, não quero ouvir, sai daqui”
Afectei os meus amigos com os meus dramas, afectei a minha vida com lágrimas, quero fugir desta alma intrigante que me deixa ofegante.
Quero ser feliz… Será pedir muito? Quero o silêncio…Será pedir muito?
Em todos os dias da minha vida, sempre disse não ter medo de nada, e hoje o medo apoderou-se da pessoa que sou e que fui, parece que vou morrendo de dia pra dia, hoje choro, amanhã uma dor de cabeça, no futuro uma falta de ar que me poderá levar ao mar.
Não quero ouvir nada que me aflija, não quero ouvir nada que me magoe, aceito críticas, mas não aceito rebaixamento, não quero ouvir a dor do outro que é a minha dor também.
Quero abrir uma nova página de um livro onde o desfecho seja outro, não tenho medo da infelicidade, dias bons todos nos temos, como temos dias maus, tudo isso faz parte da nossa vida se tudo fosse fácil teria a vida facilitada e não teria qualquer sentido, vida difícil todos nos temos uns piores que os outros, mas cada um aguenta o seu da melhor forma ou da pior.
Cansei de ouvir lágrimas, cansei de ver a tristeza escorrendo em seus olhos perguntando o porquê, cansei de sentir a sua infelicidade, cansei de não ser eu, cansei de me esconder deste mundo aterrador onde a dor encontra-se no topo.

Não quero ver, não quero ouvir…


Desabafo, Cryslove, 28 De Março de 2010

Afirmem-se!



Revolta-te!
Ninguém manda em ti, aproveitemos a liberdade que nos conceberam e que não nos deixam usar.
Deixem de usar a vossa boa energia, em lutas descabidas, em bitaites mal concebidos.
A vida é uma selva, e nós somos os selvagens, deturpamos tudo a nossa volta, para que pareçamos certos neste país dos incertos.
Fazemos o errado e agimos como se estivéssemos a fazer o certo...Mas não, é completamente errado.
Fomos concebidos para amar o próximo e não destruí-lo, como a profissão de um polícia foi concebida para asseverarem que a nossa segurança não está em jogo, mas não, cujos homens de farda azul metem a nossa cabeça no jogo como se fosse uma roleta russa, matam-nos sem nos entenderem, matam-nos a queima-roupa, matam-nos com um tiro de traição. Porquê? Até quando? Que mais é preciso de acontecer para nos revoltarmos contra este método que insiste em nos aniquilar, como se fossemos objectos desnecessários, como se não tivéssemos direitos.
Como é possível já ter morrido mais de 50 pessoas devido ao abuso de autoridade, e simplesmente não fazem nada, passam a mão pela cabeça dizendo que este caso irá ser levado a justiça, mas nunca passa de palavras, nunca a justiça chega a ser feita.
Hoje o nosso mano Snake foi levado devido a um abuso de poder, morreu porque não parou na operação stop?! Só podem estar a brincar. Todos os dias alguém passa pela operação stop sem parar, e so por isso merece um tiro nas costas.
Se não sabe atirar não atira, se não sabe controlar o seu poder, que saia da polícia.
Quando erramos temos de ser punidos pelo nosso erro.
E dizem que os bairros são complicados e perigosos. Não são, eles apenas lutam por aquilo que acreditam, e lutam contra a polícia porque perdem todos os dias as pessoas que mais amam e chamam a isso de vandalismo, então que seja vandalismo ao menos lutam contra este sistema que mata sem direito, que abusam do seu poder, e que faz com que fiquemos longe daqueles que gostamos.
Se não é racismo, preconceito, descriminação, xenofobia, então digam me o que é? Continuo a ver os negros a serem tratados como criminosos, a serem tratados como se não fossem ninguém, e os brancos são bajulados e ignoram certos erros que acontecem. Mas nem todos os brancos, os brancos com ideais diferentes, com amigos diferentes (Negros) são tratados como criminosos e vândalos.
Vamos nos revoltar, para que isto não volte acontecer, vamos nos revoltar, para que não sejamos os próximos. Vamos nos revoltar para que amanhã não sejam os nossos filhos.
A união faz a força e se unirmos todos podemos acabar com esta negligência policial.
Não sejamos hipócritas, não ignoremos factos, deixemos de aplaudir o serviço mal feito pelos homens denominados os defensores das leis, e que são eles que as infringem todas.
Lembrem-se, ontem foram 50, hoje foi o Snake, amanhã podes ser tu!

Liberdade ilusória



Liberdade
Será uma banalidade
Ou uma dura realidade?
É uma independência que nos restringe os passos
E nos deixa espasmos
Com tantas possibilidades
Que nenhuma delas se assemelha a realidade
Liberdade!É andar sem rumo
E se esvaecer no fumo
Sem dizer como e nem porquê
É dizer o que se quer
Sem recear o que possa acontecer
Ser livre é respirar liberdade
É alcançar todas a possibilidades
Sem regras nem estéticas
Ser livre é gritar de forma impiedosa
Sem ninguém censurar ou espantar
Ser livre devia ser uma palavra melodiosa
Mas não, so nos incita para a rebelião
Será uma realidade ou uma ilusão
Liberdade é um termo filosófico
Pouco categórico
Porque no fundo não passamos de uma engenho de alguém
Que é programatizada para acreditar nessa miragem
Dão-nos pão, apagam-nos a fome
Estipulam uma lei
E dizem "Nós somos livres"
Dão-nos água
matam-nos a sede
Estipulam uma lei
E dizem "Nós somos livres"
Somos comprados para acreditar
Somos comprados para não questionar
Isto é ser livre?
É a isto que chamam liberdade?
Então prefiro estar num covil
Lá terei liberdade
Lá conquistarei a minha realidade
Liberdade não passa de ilusão
Livre quando não pode ser quem é...
Obrigados a seguir regras
Ter de mudar para encaixar
Obdecer sem o querer fazer
Livres em gostos e opniões...
Para que nos serve uma liberdade limitativa?
Liberdade que não é aceite
Desrespeitados, olhados com desdém
Ignorados, rejeitados e discriminados
Tem uma minoria que se segue
Minoria acaba por seguir a maioria
Visto não haver outra alternativa
Acabamos por obdecer para sobreviver
Teimamos em julgar pela aparência
Por aquilo que faz, tem e quem acompanha...
Conclusões baseiam-se nas posses e visual...
Baseiam-se na casa, familia, ocupação...
Seleccionamos roupas e companhias
É através daí que podemos agradar
Seguimos e fazemos o que a sociedade nos exige
Acabando por obdcer à regra
Obrigados a mudar constantemente
Opinam a toda a hora, nos fazem crer
A toda a hora nos tentam mudar
Escolhem nosso visual
Nos dizem o que devemos vestir
Como nos devemos comportar
O que devemos falar
Colocamos máscaras por vezes sem aperceber
Acabamos por não sermos nós mesmos
Acabando inconscientemente ou não a representar
A toda a hora obrigados a desempenhar papéis
A vida é mesmo um palco, palco da vida
Onde representamos a toda a hora
Somos constantemente moldados
Iguais ou postos à parte
Aceites ou rejeitados
Frequentemente testados, postos à prova
Somos marionetas sem o querer ou sem saber
Fazem-nos acreditar na liberdade
Liberdade essa com condições e limitações
Somos seres livres manipulados
Marionetas livres em horas vagas
Vivemos uma liberdade ilusória


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