"As portas batem"


As portas batiam,
As almas se confundiam.
Todos mudaram,
Foi pouco os que se conformaram.
As portas batem,
As lágrimas caiem.
Um silêncio se faz ou se fez
É uma dor que consome,
E anestesia,
Até parece magia.
Porque não a deixa sentir,
Nem exprimir,
As suas palavras saiem
Como se dardos fossem.
A toda hora sentia cansado, desgastado,
Sem ar, sem amor.
As emoções desapareceram,
As nódoas para sempre permaneceram.
Ela queria falar,
Mas nada conseguia dizer,
Talvez fosse trauma,
Talvez fosse a falta de calma.
Seu corpo ficou imóvel,
Não sabia se devia temer,
Mas tudo parecia incansável.
Ela não sabia o que fazer,
Mas teme o que possa acontecer,
Teme um dia fechar as portas
E não voltar a abri-las.
Teme ser algo que nunca foi.
Dói!
Tudo lhe dói...
Dói-lhe a alma,
Dói-lhe a vida,
Dói-lhe não sentir nada.
Parece insensível,
Instável,
E perdida.
A sua alma tornou-se desconhecida.
As portas batem,
Mas não se fecham,
As almas choram
Lágrima de miragem.
O coração dói,
E chora lágrimas de sangue,
Feridas que não saram
E aumentam de dia pra dia,
Mas ela acredita que um dia.
As portas bateram,
E alguém ficará de fora.
Colectânea de Poemas, "As portas Batem", Cryslove, 17 de Agosto de 2012 


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